sábado, 3 de novembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Plataforma Revólver - Dig Dig: Digging for Culture in a Crashing Economy - Out/2012 (coletiva de 12 artistas)


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Artistas

Alexandre Farto, Ana Rito, Ângelo Ferreira de Sousa, Catarina Mil-Homens, Hugo Barata, Louise Hervé & Chloé Maillet, Nuno Sousa Vieira, Rodolfo Bispo, Sara & André, Tom Jarmusch

Curadoria
Patrícia Trindade

2012. Ano lendário de previsões apocalípticas. Ano de contenção, de austeridade, de crise. Com um cenário desolador de crescimento do desemprego, da dívida, de juros e de compromissos que se têm de cumprir “custe o que custar”. Vendemos os recursos básicos do nosso país, hipotecamos a educação e dizemos que afinal a saúde não é para todos, é para quem pode pagar. Neste contexto, a cultura (refiro-me aqui sobretudo às artes visuais), tal como a economia, está a estagnar mais rapidamente do que se esperava. Há pouco tempo atrás, ninguém calculava que hoje, a cultura, “ (…) estivesse em vias de extinção.” (1)

Haverá lugar para a produção artística no meio desta crise financeira? Qual o papel a desempenhar pelo artista nestas circunstâncias? Qual a posição da arte numa sociedade comandada pela direita? Perante o cenário sombrio que se tem vindo a desenhar, onde as únicas regras aplicadas são as do capital, a cultura ficará sempre em segundo plano. Contudo, no meio da penumbra, é fundamental encontrar luz ao fundo do túnel. Para isso, é preciso escavar:

DIG DIG é uma proposta expositiva que pretende refletir acerca do passado e futuro da cultura.

Os artistas convidados mergulharam no universo de referências do século transato para as trazer a debate e as desconstruir, assumindo os trabalhos, na sua maioria sítio-específicos, como cápsulas do tempo. De um tempo em que a palavra cultura era sinónimo de civilização, de valores, de conhecimento, enfim, de um modo de vida.

Os trabalhos apresentadas nesta exposição são um testemunho do pensamento, da identidade, da cultura e do contexto sociocultural contemporâneos. Uma forma de recordar que uma sociedade livre só existe quando existe cultura: “sem cultura não pode haver liberdade, só um perigoso simulacro”. (2)

Estes recipientes, onde ephemera, documentação e objetos de culto se aliam a referências, influências e objetos artísticos, serão desenterrados, abertos e descobertos pelo público no dia 27 de setembro na Plataforma Revólver, em Lisboa.

(1)- In REVISTA ÚNICA (24 de Setembro de 2011), Clara Ferreira Alves, Para acabar de vez com a Cultura. Ler mais: http://expresso.sapo.pt/para-acabar-de-vez-com-a-cultura=f675167#ixzz1tjMGlMwL

(2)- DIONÍSIO, Mário; “Cultura: Paradoxo e Angústia”. In Jornal de Letras, Artes e Ideias, nº5 (28 Abril 1981), p.16

Publicado a 11 de Setembro de 2012 em:
http://transboavista-vpf.net/category/plataforma/

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Galeria Pedro Nunes - Subterrâneo - Out/11 (coletiva de 8 artistas)



O Interno Retorno, 2010
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Galeria Pedro Nunes - Subterrâneo - Out/11 (coletiva de 8 artistas)




«Subterrâneo é uma exposição que busca conquistar um novo espaço dentro da própria galeria, através dos esforços de 8 jovens artistas que exploram o território com as suas estratégias individuais.»

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ceci n’est pas Modern Art?


Propus-me fazer experiências pictóricas que contenham, tanto quanto possível, a inteira experiência do meu espaço.

Antes de ser esticado, o pano foi pintado no chão para que a sua construção inicial se aproxime mais do acto do desenho que da pintura. Quis resolver os problemas de composição e acumulação de tinta da mesma forma que acontece nos elementos riscadores. Trabalhando no chão a tela é pisada, dobrada e usada mais rudemente. O trabalho contém em si a vivência do dia-a-dia.

Em termos de método, utilizo a criação de elementos e a sua repetida eliminação. Faço e refaço, sobrepondo informação. A sobreposição de elementos resulta da constante avaliação do trabalho já feito. O tempo é o que me dá a certeza do que pertence ao resultado final e do que é supérfluo. Nenhuma parte da pintura tem qualquer existência assegurada até ao momento do seu término. Devido a esta adição, as camadas criam por vezes uma superfície irregular que permanece como memória das fases anteriores.

O método é de importância essencial. A tela acaba por ficar sobrecarregada de matéria. O trabalho arrasta-se, por vezes durante vários meses, até estar terminado. Quero que se sinta a carga do tempo e da procura. O contínuo apagar é fruto da minha própria insatisfação face ao resultado. Se um trabalho me parece finalizado, passa então pela etapa de contemplação. Na qual observo a pintura dia após dia. De forma a perceber se o resultado se eleva a uma obra acabada. Uso vários níveis de representação, linguagem escrita, imagens e elementos abstractos. Sinto a necessidade de usar sempre elementos de qualquer tipo, desde que se adequem ao propósito.

Explorei em alguns trabalhos uma saturação excessiva, para que as figuras se confundam com o fundo e a imagem tenha uma validade psicadélica. Nestes casos, existem apenas algumas partes reconhecíveis ou legíveis. Procurei jogar com a densidade de cores, formas e palavras para se perder a estrutura inicial e me libertar da vontade de criar uma composição harmoniosa.
Pretendi desenvolver uma imagem forte com pontos de interesse dissimulados, para que o resultado derive do aparente caos.

Não sinto a falta de criar trabalhos herméticos.

O nível da compreensão do observador é muito tido em conta. Não acredito em arte da qual o espectador não seja capaz de retirar algo que reconheça. Acho essencial que possa relacionar-se com a obra. Seja uma frase ou seja uma figura infantil, procuro que qualquer pessoa possa fazer a sua leitura e interpretação.

Rodolfo Bispo
Março de 2010

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

sábado, 22 de novembro de 2008

Arte Lisboa - 2008



Nevermind the Blogs - 2008
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


sábado, 15 de novembro de 2008

Pavilhão 28 - Júlio de Matos - Alternativa 1 (colectiva de 8 artistas)



Para mim a Arte é... - 2008
Acrílico sobre tela, 200x300 cm.

(Clique na imagem para aumentá-la)

sábado, 10 de novembro de 2007

Arte Lisboa - 2007



Coloque-se Aqui para a Fotografia - 2007
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Galeria Monumental - Setembro - 2007 (individual)



Please Insert Meaning - 2007
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


sábado, 15 de setembro de 2007

Contextualização das obras


Os meus trabalhos reflectem acerca do mundo. Misturo referências populares, da publicidade e dos desenhos animados, das notícias de guerra, mas também de questões pessoais.

Não acredito na arte desligada da realidade. Não posso deixar de afirmar que me impressiono com a quantidade de arte produzida, virada de costas para o mundo real. O momento presente não me pode nunca passar despercebido.

Acredito na pertinência da pintura e do desenho como veículos artísticos. Não procuro a validade da pintura, não a questiono, apenas a encontro. Uso a pintura porque é um meio aberto e não estanque. Quem defenda a morte dos meios riscadores em detrimento de outros meios está a ser tão tendencioso quanto cego.

O meu método de trabalho consiste na constante procura. Mantenho a mente aberta ao que se passa no mundo e no que interpreto.

Quando passo para a linguagem plástica, estou a digerir um produto já de si transferido de uma série de outros sistemas de assimilação. Portanto vejo, penso, processo e transfiro. A pintura começa por ser uma coisa simples. Trabalho até me livrar de tudo aquilo que me preocupa.

Seguidamente, um determinado trabalho é posto sob observação. Todos os dias olho e penso acerca do que realizei plasticamente e acerca das suas implicações teóricas. No entanto, continuo a processar a vida na Terra. O mais habitual é que a pintura não me surpreenda e que eu tenha distintas inquietações para transferir, que surjam novas camadas de informação. Passo então à fase de destruir parte das camadas antigas, construindo e abrindo novas possibilidades. Estes adicionados estratos de informação irrompem em face do avançar da realidade e dos meus desassossegos interiores. No âmago do pensamento, acerca do instante presente, surge a urgência de renovação do trabalho já existente.

Cada tela demora alguns meses a construir e a concluir. Das várias fases de adição de complementos, surge de alguma forma a encriptação da realidade: desperto significados nos signos picturais; junto missivas rascunhadas, palavras riscadas ou rasuradas, num constante somatório de reflexos do mundo físico que nos rodeia.

Um trabalho passa a ser uma obra completa e concluída, quando em verdade me surpreende. Aquilo que entendo por me deixar surpreender com a pintura, é que foi atingido o momento em que a obra passa ao seu estado finito. É o instante em que o resultado plástico se revela na sua totalidade e que totalmente me preenche. O verdadeiro teste, é a validade temporal. Por isso, para conseguir o seu ponto de sublimação final, a obra tem de, aos meus olhos, não perder legitimidade com o passar do tempo.

Quando o processo de depuração está terminado, a obra é subjugada à apreciação e interpretação de observadores dissemelhantes; que têm no entanto um papel de essência, idêntico ao do criador. O sistema de apreensão do espectador da obra é tão válido como criativo. Quanto mais díspar for a leitura feita pelos receptores, maior será a abrangência e a abertura das faculdades da obra. Mesmo que se distanciem dos interesses primários desta, estarão somente a incluir-se na projecção da própria intenção geradora.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Arte Lisboa - 2006



Kant says: Hello, how are you? - 2006.
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


domingo, 5 de março de 2006

Galeria da Casa de Cultura D. Pedro V - Mafra - Mar/2006 (individual)


Exposição de 12 desenhos a grafite de 100x70 cm.


Bob Dylan - 2006
Grafite sobre papel, 100x70 cm.


sábado, 26 de novembro de 2005

Arte Lisboa - 2005



The Loosers - 2005
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


domingo, 15 de maio de 2005

Galeria Monumental - Maio/Junho - 2005 (individual)



World Lies - 2005
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


terça-feira, 10 de maio de 2005

Terceira Lisboarte com 17 galerias


A Lisboarte prolonga-se até dia 11 de Junho

A terceira edição deste ano da Lisboarte arrancou, ontem, com a inauguração simultânea de 17 exposições, em outras tantas galerias da capital.

Organizada pela Associação Portuguesa de Galerias de Arte e pela Câmara Municipal de Lisboa, a iniciativa decorre até 11 de Junho e visa divulgar trabalhos artísticos nas áreas da pintura, escultura, instalação, desenho, fotografia e vídeo.

Na terceira edição da Lisboarte, estão integradas a Galeria 111, Artela, Arte Periférica, Artfit, Diferença, Galveias, Luís Serpa, Monumental, Novo Século, Palmira Suso, Jorge Shirley, S. Francisco, Pedro Serrenho, Vértice, S. Bento, Trema e o Módulo - Centro Difusor de Arte. Entre os artistas participantes, figuram Joana Salvador, Manuel Viera, Alexandra Mesquita, Bruno Borges, Jorge dos Reis, Nuno Medeiros, Maria Beatriz, Mayte Vieta, Victor Ribeiro, Rodolfo Bispo, Alexandra Bastos, Daniel Nave e Luís Ralha.

A iniciativa terá ainda até ao final do ano mais três edições com outros artistas e diferentes galerias. Assim irá acontecer de 18 de Junho a 31 de Julho, de 17 de Setembro a 29 de Outubro e entre 5 de Novembro e 31 de Dezembro.

Jn-10/5/05

sábado, 15 de maio de 2004

Salão de Primavera - Casino do Estoril - 2004 (colectiva)



Muitas cabeças pensam melhor que a minha - 2004 (?)
Acrílico sobre tela, 130x130 cm.


domingo, 9 de maio de 2004

Estoril Sol de Pintura 2004


As 80 obras a concurso serão expostas, a partir de 8 de Maio, na galeria do Casino Estoril. Júri nota melhoria na qualidade

Os gémeos Gabriel e Gilberto Colaço arrebataram o primeiro lugar do Prémio Estoril Sol de Pintura, a que se candidataram 44 jovens artistas com 80 obras. A XVII edição do Salão de Primavera, exposição colectiva em que os quadros vão ser apresentados ao público, a 8 de Maio, na Galeria de Arte do Casino Estoril, vai divulgar as telas dos concorrentes, todos eles finalistas ou recém-licenciados das Faculdades de Belas Artes de Lisboa e Porto e com idades entre 18 e 35 anos. Os irmãos gémeos Gabriel e Gilberto Colaço, nascidos na Nazaré em 1975, são licenciados em pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto, têm um curso livre de escultura do Centro de Artes das Caldas da Rainha, além da frequência do mestrado em desenho.

O júri atribuiu, ainda, 12 menções honrosas aos artistas Alexandre Carvalho, Ana Oliveira, Andreia Nunes, D Anghel, Daniela Fernandes, Domingos Loureiro, Filipe Rodrigues, Francisco Pinheiro, Isabel Simões, Paulo Damião, Raquel Carvalho e Rodolfo Bispo.

O júri do Prémio Estoril Sol de Pintura foi constituído pelo arquitecto Sommer Ribeiro, director da Fundação/Museu Arpad Szenes e Vieira da Silva, e pelos pintores e professores da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa Joaquim Lima Carvalho e António Pedro.
O pintor e professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto António Quadros Ferreira e o director da Galeria do Casino, Nuno Lima de Carvalho, também foram juízes do galardão.
Os elementos do júri reconheceram uma clara melhoria de qualidade na edição deste ano do Prémio, tendo destacado a grande diversidade de linguagens e técnicas, com clara tendência para o expressionismo e o neo-figurativismo.

Jornal de Notícias, Maio de 2004